Com o fechamento de muitas academias durante a crise econômica provocada pela pandemia, a oferta de equipamentos de lutas usados tem sido grande e, com isso, muitas armadilhas estão espalhadas por aí.
Dentre os equipamentos ofertados no mercado estão os ringues e octógonos. Estas estruturas geralmente são compostas por diversos materiais, todos muito propensos a acumular ao longo do tempo fungos e bactérias em seus tatames, madeiramentos e tapeçarias. O grande problema é que, além disso, estes tipos de equipamentos, em muitos dos casos, não são produtos de boa qualidade quando sua origem e produção não são decorrentes de profissionais especializados; ou ainda quando não são feitos por empresas especializadas, sendo que, em grande parte, projetos pioneiros e totalmente fora dos padrões de medidas oficiais, de estruturação e de conformidade para a perfeita e segura prática desportiva, são largamente proliferados.
O problema não para por ai, pois muitos compradores, leigos em avaliação de valor de ringue e octógono, usam como base de preço para negociação, os valores apresentados por empresas sérias, competentes e há muito tempo estabelecidas no mercado. O problema está justamente em comparar preços de produtos oficiais, de empresas especializadas, com produtos usados e feitos de forma artesanal e não perfeitamente técnica de alguns construtores aventureiros. Tem muita gente comprando produto usado, de fabricação artesanal e fora de padrão, pagando preços muito próximos de equipamentos novos feitos por empresas especialidas.
Pior do que isso, é adquirir um ringue ou octógono usado, já fadigado e desgastado pelo uso anterior, sujeito também, além dos problemas já citados acima, a riscos de ruptura, de fragilização por processo repetido de montagem e desmontagem e, já afetado por efeitos de fadiga, corrosão e também, em muitos casos, contaminado por fungos e bactérias aglutinados nas estruturas, lonas e tatames por de suor, poeira e outros fatores mais. O aspecto envelhecido, por ser usado, nem se leva em conta nesta breve análise.
Logo, o melhor custo benefício é adquirir um equipamento novo, sem contaminação por uso anterior, com garantira de fábrica, com medidas e padrões assegurados pela norma técnica e, com uma assistência técnica disponível. O velho ditado que diz que " O barato sai caro" se aplica bem no comércio de equipamentos de luta usados por todas as razões acima.
Além de tudo o que foi apresentado acima, ainda existe o fato de que a sociedade, mais do que nunca, estará, a partir de agora, muito exigente quanto aos processos de higienização e qualidade nos equipamentos e ambientes de treino, uma vez que os critérios de avaliação estão se tornando universais, graças à facilidade de comunicação e informação pela internet e redes sociais.
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